Meu coração era um interminável ermo
Que escondia terra fértil,
E quando a semente
Foi plantada e regada,
Tornou-se imensa brenha.
Mas eu acabara me perdendo
Do mesmo jeito...
Como pássaro ferido
Que o vento apenas
Balouça suas asas.
Asas quebradas...
Inutilmente adejam no ar,
Tentando exsurgir entre as frondes
Para chegar aos cismos
De seus infindáveis desejos.
Pássaro de olhos esfaimado,
Apesar de relapso,
Inda se matem intrépido
Na tentativa do voo altaneiro
Acredita ainda chegar ao céu.
DAIANE FURLAN CANAL (24-08-08)
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