Um pouco de sol para este mundo inóspito,
Para onde todas as trevas se elevam
E vagam os demônios suspicazmente
Em todas as vãs tentativas frustradas
Toda essa escuridão inesgotável persiste,
Tão incansável que não demora:
O corpo domina e a alma atinge.
Ah, uma fresta de luz bastaria!
A qual acaso lançou-me nela?
Tantos os pesares que agora me confundem.
Creio eu que o pouco de mim era pouco,
Mas não pra tamanha solidão.
Busquei por tua mão, ainda nada vendo,
Perdida nas paredes de minha ilusão.
Apenas deparei-me com uma escalada íngreme,
Tuas mãos se iam ao longe de mim.
Tanto era a escuridão, uma noite sem luar,
Era mais que isso, um breu total.
Era uma órbita desconhecida
Que só atraia o meu corpo estranho.
DAIANE FURLAN CANAL (18-08-10)
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